Primeiro dia.

Ele está lá parado há um bom tempo, rodeado de balões e letras que formam 'feliz aniversário'. Seu rosto, pálido, ficou olhando para a parede sem fazer nada. Fiquei olhando para ele até que meu ônibus passasse. Embarquei ouvindo sua esposa chamar seu nome. Ele ainda estava na mesma posição quando passamos por eles. Aquele dia já estava estranho e essa coisa com o vizinho só piorou. O ônibus que sempre ia cheio, naquela segunda, estava quase vazio. Estranho o número de mensagens chegando no grupo da empresa, ainda não eram nem sete horas e eles já estavam mandando muitas mensagens. Volto à leitura do meu livro, ignorando tudo à minha volta. Quase na metade do caminho, paramos. No meio da estrada, tinha um ônibus queimando, e algumas pessoas estavam em volta dele. Como meu vizinho, elas estão lá, paradas, olhando o ônibus queimar. O motorista, depois de parar, decide descer e ver o que aconteceu. Alguns passageiros descem com ele. Aquela situação toda era muito estranha, ninguém ...